segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cada um fazendo a sua parte

Na terça-feira ensolarada de Durban o time de Green Reporters visitou o veleiro Pachamama. A tripulação é composta por uma família suíça que está no meio de uma expedição pelo globo que já dura nove anos. A família é composta pelo comandante Dario, sua esposa Sadine e quatro filhos que ainda não moraram em terra firme.
O projeto iniciado pelo casal foi de encontro com a demanda do Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente que na época estava financiando um projeto para ir às escolas. O projeto foi transformado em uma organização sem fins lucrativos, chamada TOPtoTOP, patrocinada também pelo e Governo da Suíça. A organização conta com voluntários que acompanham a família em terra e mar.
Mas o que isso tudo tem de especial? O veleiro é alimentado basicamente por energia renovável, apresenta onze painéis solares e duas turbinas eólicas, além de utilizar as velas para locomoção. Dessa forma o gasto de combustíveis fósseis é quase nulo. Segundo Dario: “Quando o tempo está ruim utilizamos o vento para gerar energia, e quando está bom usamos as placas solares”, diz também que “temos que adaptar o nosso estilo de vida com as condições do clima”.

Dario, Sadine e seus quatro filhos no veleiro Pachamama. Fonte: http://www.sail-world.com

A missão da família é passar por sete picos nos sete continentes. Em cada parada fazem um trabalho de limpeza coletiva (a expedição já coletou em torno de 25 toneladas de resíduos), além de levar conhecimento relativo a mudanças climáticas para escolas e faculdades, sempre apresentando alternativas sustentáveis. O propósito da expedição é conscientizar e inspirar jovens a terem um melhor futuro e entender a importância de preservar a natureza.
Visitar a família foi muito inspirador, adorei a forma como eles trabalham as mudanças climáticas, não só pensando no problema mas sim nas soluções possíveis. Conversando com Dario ele nos mostrou que um outro estilo de vida é possível e isso me fez questionar sobre o meu estilo de vida, como podemos viver de forma mais coerente com as necessidades do planeta?
Espero que vocês também tenham a oportunidade de visitá-los. Eles estarão no Brasil em março de 2012, para saber mais sobre esta família e sua expedição veja o vídeo da nossa entrevista em: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=AwDIMDC1qY8 , confira também a página da expedição: http://www.toptotop.org/index.php
Até mais!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

É a hora de sermos ouvidos!

Na manhã de segunda-feira estavámos em frente ao Protea Hotels protestando novamente “Ouçam as pessoas e não os poluidores ”. O local e data eram perfeitos pois o hotel recebia naquela manhã uma reunião do Conselho Mundial Empresarial para Desenvolvimento Sustentáve, evento que contava com a presença de representantes de grandes corporações poluidoras.
A campanha é baseada no novo relatório do Greenpeace “Who is Holding Us Back” (Os Responsáveis Pelo Atraso) que evidencia como alguns dos grandes poluidores tais como: Shell, BASF, ArcelorMittal, Eskom, KOCK, bhpbilliton e Tata, fazem um lobby pesado para travar acordos nacionais e internacionais que tentam mitigar e combater as mudanças climáticas.  
Na sequência, foi lançado o relatório “The Dirty Dozen in Durban” (O Dossiê Sujo de Durban) que trata de 12 corporações e associações que estão ajudando a adiar um novo acordo global para combater as mudanças climáticas aqui em Durban.  Você pode acessar os dois relatórios na integra em: http://www.greenpeace.org/international/en/publications/reports/Whos-holding-us-back/
O protesto em frente ao hotel contava com cerca de 50 pessoas, dentre elas voluntários do Greenpeace e representantes das organizações 350.org, Waste Pickers Alliance, Ground Work, Climate Action Network e South Durban Community Environmental Alliance.

Três fantasias chamaram a atenção pois representavam alguns líderes mundiais -Harper:primeiro ministros do Canadá; Congresso dos Estados UnidosBarroso: presidente da Comissão Européia - que tinham sobre suas costas porcos pretos segurando um cabresto, a cena simbolizava a influência dos grandes poluidores sobre as suas decisões.
Ao mesmo tempo um grupo de sete escaladores ocuparam pacíficamente o prédio e tentaram colocar um banner no edifício, mas antes mesmo de consegurem mostrar a mensagem (Ouçam as pessoas e não os poluidores) foram levados pela polícia.
Pensando que ativismo não deveria ser crime, foi triste e injusto ver aqueles ativistas serem presos e três deles deportados. Por outro lado a ação apresentou os reflexos desejados. Entregamos o relatório “The Dirty Dozen in Durban” para todos que estavam entrando e saindo do edifício e fizemos muito barulho com gritos de guerra e músicas.
Kumi Naidoo (Diretor Executivo do Greenpeace Internacional) entrou na reunião levando a nossa mensagem. Ao sair deixou claro que o protesto teve efeito dentro da reunião, e disse uma coisa muito interessante: “antigamente era muito difícil conversar com as corporações, mas que hoje em dias eles optam por ter Greenpeace na mesa para que não estejam no cardápio do Greenpeace”. Após terminar sua fala e contente com a ação, Kumi dirigiu-se para a Conferência para mais entrevistas.
No mesmo dia fomos proibidos de distribuir o relatório “The Dirty Dozen in Durban” na conferência, podemos traduzir que algum incômodo foi causado.  
Muito mais está por vir neste último dia de negociações. Nos acompanhe também em : http://www.facebook.com/YouthForRenewables
Até breve!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

COP - 17

Começou no início desta semana, aqui em Durban na África do Sul, a 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas (COP-17). Este é um momento crucial já que o Protocolo de Kyoto chega ao final de sua primeira fase em dezembro de 2012.
A situação é muito preocupante, já que os Estados Unidos declararam que não querem assinar o acordo até 2020, e o Canadá anunciou a sua intenção de sair do Protocolo já agora em dezembro.
As expectativas quanto à Durban são grandes, a COP-17 é dada como um momento decisivo no que tange esforços para combater as mudanças climáticas, visto que o Protocolo de Kyoto é o único tratado vinculante para a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE’s). É necessário que ele seja renovado de forma justa e ambiciosa quanto às metas de redução.
Outra questão polêmica na Conferência de Durban é o estabelecimento do “Fundo Verde do Clima”, que tem como objetivo cortar as emissões e ajudar os países na adaptação quanto aos impactos advindos das mudanças climáticas. O fundo ainda não apresenta estrutura definida e aprovada pelas partes, isso indica que este assunto será mais um alvo de longas conversas entre os países.
Estou aqui em Durban fazendo parte de um grupo de oito “Green Reporters”, estamos acompanhando eventos, conversando com pessoas e organizações para trazer suas opiniões, mensagens e ações. Nosso time é formado por jovens de várias nacionalidades: Brasil, Alemanha, África do Sul e México.
As minhas histórias durante a COP serão relatadas aqui, você também poderá interagir curtindo a nossa página do facebook: http://www.facebook.com/YouthForRenewables .
Obrigada, e até breve!.
Cristiane Mazzetti, estudante de gestão ambiental, faz parte do time de Green Reporters na COP-17.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Indígenas da região de Altamira dão ultimato sobre direitos. Sergio Marone acompanha mobilizações

Publicado em 30 de novembro de 2011
Por Xingu Vivo
Nesta quinta, cerca de 300 indígenas das etnias Xipaya, Xicrin, Kuruaya, Arara, Juruna, Assurini, Araweté, Parakanã e Kayapó, afetadas por Belo Monte, se reúnem em Altamira para cobrar respostas definitivas sobre o cumprimento de medidas relacionadas aos impactos gerados pela usina na região.

FORÇA XINGÚ!!!