quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pernambuco na mira dos ambientalistas

Na última terça-feira (12) de setembro, o Estado assinou embaixo de um grande medo dos ambientalistas brasileiros e, por outro lado, uma grande expectativa do governo. Parte do caminho já foi traçado para a instalação da Usina Terméletrica III, no Porto de Suape, administrada pelo Grupo Bertin. A promessa governista é de que a usina será a maior do mundo nesse setor, capaz de produzir 1.452 Megawatts por hora, e poderá gerar seis mil e quinhentos empregos diretos e indiretos. No entanto, a termelétrica será movida a óleo combustível, a matéria prima mais suja dentre os derivados de petróleo usado para produzir energia, além de ser o segundo maior emissor de gases do efeito estufa.  Ou seja, a nova aquisição pernambucana está no topo do ranking dos principais causadores do aquecimento global.
 
No mesmo ano em que o mundo parou para estudar a importância de fontes de energias renováveis (solar, eólica, biomassa) e que o Brasil entra mais firme no debate e reconhecimento internacional, Pernambuco surge na contra mão. A nova Usina do Estado vale, portanto, uma reflexão: em meio a onda verde que se espalha no mundo, do que os pernambucanos podem se orgulhar? Até 2009, segundo o Ibama, restavam apenas 2,5% do que já foi a Mata Atlântica em Pernambuco, além da devastação das suas florestas naturais e seus manguezais; o Rio mais importante do Recife, serve, hoje, mais para depósito que para outros fins;  Estima-se que a Usina Terméletrica Suape II (menor que a nova, já tem 70% de sua obra construída e prevê inauguração em 2012)  emitirá, pelo menos, dois milhões de toneladas de CO2 por ano, um dos gases protagonistas do efeito estufa. Não bastassem tantos deleites, a usina mais suja do mundo chegará ao Cabo de Santo Agostinho.

A novidade do Governo trouxe, também, uma contradição a respeito do seu modo de funcionamento.  Evandro Miessi Mente, diretor-presidente da Star Energy Participações – braço de energias fósseis do Grupo Bertin –, afirmou que a térmica vai gerar energia durante 25% do ano, tempo de sobra para causar danos irreversíveis no meio ambiente. Já na entrevista coletiva dos governistas envolvidos no projeto, ficou clara que a Usina só seria usada em situações emergentes, como no apagão de 2001. Para se ter uma ideia, se a unidade funcionasse ininterruptamente, seriam oito milhões de toneladas de CO2 por ano. 
Esse tipo de instalação industrial, que produz energia através da queima do óleo, não tem mais espaço em países desenvolvidos. No próprio Brasil, já se encontra muitas dificuldades em conseguir licitações no sul e sudeste. A escolha por Pernambuco parece
enfim, mais relacionada com a vulnerabilidade dos seus órgãos ambientais e de fiscalização. Não basta, enfim, ter potencial de sobra em recursos naturais. É preciso ter, no entanto, potencial para saber aproveitá-los.

                                                                             -  Beatriz Braga

Um comentário:

  1. Saudações!

    Quero por meio desta, compartilhar com todos a minha preocupação, perturbação e indignação perante um problema que atinge toda a sociedade. Trata-se dos abusos cometidos por meio das “MOTOCICLETAS” e afins, quando fazem uso de equipamento “INADEQUADO” de descarga de ruídos (CANOS DE ESCAPES). Está se tornando uma norma/regra o que deveria ser exceção, estes “ESCAPES” se transformam em verdadeiras “FÁBRICAS DE BARULHO, PETURBAÇÃO DA PÁZ, UMA BADERNA”. Cabe salientar que o “CNT” (CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO) já proíbe o uso de tal equipamento, além de que, as peças que substituem as originais de fábrica, não tem “AFERIÇÃO DO INMETRO” quanto à “AFERIÇÃO” referente à medição de “DECIBÉIS”, estando todos os equipamentos fora dos padrões de aceitação nas “NORMAS TÉCNICAS” e “PADRÕES NORMAIS ACEITÀVEIS AMBIENTAIS/CONVÍVIO URBANO”, isto quer dizer que estamos tendo nossas audições ‘AGREDIDAS” por estes “ARRUAÇEIROS”.
    Em uma situação muito “SIMPLES”, basta acionar o “MINISTÉRIO PÚBLICO” para “PROIBIR A VENDA” de tais peças em todas as lojas do “ESTADO DE PERNAMBUCO” e, ainda lembrar que isto é um problema de ordem “AMBIENTAL/CONVÍVIO URBANO” também, onde o convívio harmonioso em nossa sociedade tem que ser preservado. Além disto, campanhas informativas pelos canais de massa devem ser feitas, e, por fim, o cumprimento da lei, que visa apreensão de tais equipamentos, tanto na esfera de “TRÂNSITO”, quanto na área “AMBIENTAL/CONVÍVIO URBANO”.
    Senhores, estamos diante de uma verdadeira “EPIDEMIA” onde nós não podemos ter o mínimo de silêncio em igrejas, escolas, trabalho, parques, lares, tenho medo do iminente crescimento do caso, onde alguns veículos de maiores potências (CARROS E OUTROS), já estão surgindo para engrossar um coro que em um futuro bem próximo será de uma sinfonia ainda mais “INSUPORTÁVEL”.

    OBS = Estão sendo enviadas “CÓPIAS” a todos os “DEPUTADOS ESTAUAIS E O NOSSO GOVERNADOR”.

    OS – FAVOR NÃO SITAR –ME NA SITUAÇÃO, POIS TENHO MEDO DE REPRESÁLIAS.


    Sem mais, obrigado|!
    PERNAMBUCO, NOVEMBRO DE 2012.

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