Voluntários do Greenpeace em Recife participaram da primeira oficina antinuclear do Nordeste, que aconteceu nos dias 27 e 28 de abril. Durante a oficina foram discutidas metas para o combate à fixação de Usina Nuclear na Região, bem como, o potencial para a implementação de fontes de energia renováveis: a eólica, a solar e o uso da biomassa.
O evento relembrou os 24 anos da explosão da usina nuclear de Chernobyl (Ucrânia) e teve como objetivo capacitar membros de ONGs e Movimentos Sociais a lutarem contra a instalação de usinas nucleares na região Nordeste do Brasil – atualmente cogitada para implantação dessa fonte de energia.
(Foto: Coordenador da campanha de energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo, durante palestra)
Segundo publicação da Tribuna Popular contando com 89 participantes, vindos de 13 Estados (AL, BA, CE, MA, PB, PE, RN e SE, além do DF, GO, RJ, SC e SP), a oficina foi promovida pela Fundação Heinrich Boell, FASE/PE, Greenpeace, Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBÁ) e Movimento Paulo Jackson.
Para comprovar os problemas causados pela indústria nuclear, a oficina teve depoimentos de representantes das vítimas do acidente com o Césio 137 em Goiânia (1987), dos sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki (1945), dos afetados pela mineração em Caetité/BA, dos moradores próximos das usinas nucleares de Angra dos Reis/RJ, dos contaminados da estatal Nuclemon (hoje, INB – Indústrias Nucleares Brasileiras), entre outros.
Abordando aspectos como a história da energia nuclear no Brasil e no mundo, os tipos e o funcionamento dos reatores, os problemas causados em cada parte do ciclo do combustível, os diferentes usos dessa energia, a legislação brasileira e internacional no setor, os verdadeiros custos da energia nuclear, os argumentos usados pelo lobby atômico e os planos de instalação de usinas nucleares no Nordeste, a oficina tem a intenção de estabelecer uma estratégia de ação das ONGs e Movimentos Sociais contra a nova aventura nuclear brasileira.
- Por Michelle Carvalho -
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