quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nosso clima, sua decisão




Esta foto foi tirada hoje em Barcelona na Espanha onde acontece a última rodada de negociações preparatórias para a conferência pelo clima da Onu (COP15). Nossos ativistas tentaram mostrar o cenário futuro das mudanças climáticas aos líderes globais se um compromisso sério não for assumido na COP15 no final do ano.

As notícias que chegam de Barcelona até agora não são nada animadoras. Confira reportagem do Estadão online.


Indefinição de meta brasileira frustra ONGs em Barcelona
O resultado da reunião de terça-feira (3) em Brasília - ou melhor, a falta de um resultado - frustrou ambientalistas brasileiros em Barcelona, onde ocorre esta semana a última reunião preparatória para a cúpula do clima de Copenhague, no mês que vem.

"Perdemos mais uma oportunidade de mostrar liderança no combate às mudanças climáticas", disse o diretor de Conservação da ONG WWF-Brasil, Carlos Scaramuzza.

Para Gaines Campbell, da organização Vitae Civilis, a ministra Dilma Rousseff saiu enfraquecida da reunião, já que não conseguiu impor sua posição, contrária a uma meta de redução do crescimento de emissões - como defende o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

"Se era para (a Dilma) bater o martelo, isso não aconteceu", disse Campbell. A frustração, segundo ele, também foi sentida nas delegações de outros países em Barcelona, que esperavam conhecer ontem a posição brasileira para Copenhague. "A bola murchou completamente."

"O Brasil está dando um péssimo exemplo", disse o representante do Greenpeace para a Amazônia, Paulo Adário. "Enquanto os africanos estão botando o pé na porta, o Brasil continua fazendo jogo de cena", completou, referindo-se ao ultimato dado pelo Grupo dos Países Africanos ontem em Barcelona.

Eles abandonaram as negociações sobre Copenhague e disseram que só voltariam para a mesa depois que os países desenvolvidos apresentassem suas metas de redução de emissões. Os números ainda não apareceram, mas ao menos chegou-se um acordo de que 60% do tempo restante das negociações será dedicado exclusivamente a esse tema.

"Estamos num jogo de pôquer em que ninguém quer mostrar suas cartas", disse Scaramuzza. "Só que o jogo está acabando, e se as cartas não aparecerem todo mundo vai perder. Falta um pouco de ousadia (da delegação brasileira)."

"Fica um esperando o outro fazer alguma coisa e ninguém faz nada", completou Adário. "Não é hora de ficar jogando pôquer, estamos no meio de uma emergência."

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