(1'53'' / 442 Kb) - O Ministério Público Federal (MPF) no Pará deu mais um passo para tentar frear o desmatamento na floresta Amazônica. A partir de janeiro do próximo ano, os frigoríficos do estado – que assinaram um acordo com o MPF - só poderão comprar matéria prima de pecuaristas que se enquadrarem no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e que estiverem no Cadastro Ambiental Rural (CAR) do estado. Essas medidas obrigam os criadores de gado a se adaptarem às leis ambientais. Dentro de um prazo que será estabelecido pelo MPF, os pecuaristas terão que recuperar as áreas de preservação permanente e manterem uma área de reserva legal dentro de suas propriedades. Esse processo será fiscalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após essas ações, o Ibama fornecerá um laudo técnico atestando que a propriedade se ajustou ao Termo.
De acordo com o procurador da República do Pará, Daniel César Avelino, os resultados dessas medidas e a conscientização do consumidor ajudarão no combate ao desmatamento.
“Provavelmente neste ano teremos o menor índice de desmatamento da história na Amazônia. Está havendo uma movimentação muito grande do setor. Ele está se conscientizando de que, enquanto a pecuária for vista como inimiga da floresta, o mercado vai fazer pressão, pois o mercado consumidor é muito exigente neste sentido. É uma questão de negócio, ou os pecuaristas começam a preservar a florestas, ou eles vão começar perder os consumidores”.
Daniel lembra que ainda há muito para ser feito, tendo em vista que alguns pecuaristas não querem debater a medida e vivem às “margens” da legislação. Mesmo assim, ele afirma que é pouco provável algum produtor conseguir comercializar carne bonina no estado se não tiver com o nome no Cadastro.
De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto.
03/09/09
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Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/
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