quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"e a poluição também!"





Desde que o Brasil tomou conhecimento da quantidade de petróleo existente na camada do pré-sal, falou-se muito, o que ficou esquecido foi o impacto que essa atividade pode gerar para o meio ambiente. 
A Petrobrás afirmou que, em relação às emissões de carbono geradas pela exploração dos novos poços, tinha a intenção de usar a tecnologia de Captura e Armazenamento em Carbono (CCS) para impedir a emissão das milhões de toneladas desse gás contidas no pré-sal. O problema é que, além dessa tecnologia ser experimental, seu custo total seria muito alto, visto que é estimado no pré-sal algo em torno de 12 a 18 bilhões de toneladas de carbono. Criar áreas marinhas protegidas é uma saída mais barata, essas áreas podem minimizar as emissões do gás originário dessa atividade, pois os oceanos absorvem até metade das emissões de CO2 gerados por nós.
Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace, se a CCS não atingir o esperado por sua tecnologia, mesmo que seja zerado o desmatamento na Amazônia nos próximos anos, a emissão decorrente dessa exploração manteria o nosso país entre os três maiores emissores de gás carbônico do mundo.

5 comentários:

  1. Criar áreas protegidas, ao meu ver, não teria sentido uma vez que essas áreas já existem, o custo de manutenção, comparado com o custo do desenvolvimento de novas tecnologias é ínfimo, e a fiscalização tenderia a afrouxar ao longo dos anos.

    ResponderExcluir
  2. No Brasil, apenas 0,4% dos oceanos é protegido, o ideal seria pelo menos 30%, além disso a fiscalização é falha. O custo da CCS chegaria ao longo de todo o ciclo de exploração a centenas de milhões de reais por causa do número muito elevado de carbono contido no pré-sal. Essa tecnologia nunca foi usada, ainda está em laboratório e só deve estar viável tecnicamente depois de 2030. O ideal seria investir o dinheiro dessa tecnologia na criação de mais áreas marinhas e em sua fiscalização.

    ResponderExcluir
  3. Se o montante total destinado ao desenvolvimento dessa tecnologia fosse, de fato, investido, realmente teriamos mudança, no entanto é improvável esse cenário.

    Um projeto paralelo ao desenvolvimento tecnológico, envolvendo as comunidades pesqueiras, dando suporte e capacitação para que eles ajudem na fiscalização seria uma boa, não acha?

    ResponderExcluir
  4. Sim, seria muito interessante esse suporte e capacitação, não só em relação aos pescadores, mas nós também, de nada adianta termos leis sem a conscientização da população né?!

    ResponderExcluir
  5. Essa é uma iniciativa a ser pensada. ALIAS!! é a ideia que tava me faltando!!! Eu estou no primeiro periodo de direito(que oportuno)na UFPE e estava maltratando a cabeça pra saber como ia me movimentar dentro da faculdade, me ponho desde já a disposição para elaborar algum projeto nesse sentido! (inclusive vai acontecer um congresso sobre gestão e direito ambiental próximo dia 12, aqui no Recife)

    Adianto, desde já, que existem mais pessoas na minha turma interessadas em ajudar.

    bom, se quiser entrar em contato:
    Joao Ezaquiel, no orkut.
    joaomn_@hotmail.com

    ResponderExcluir